O PS deu liberdade de voto, haverá cerca dez deputados que não votarão a favor do texto socialista (abstêm-se ou votam contra), e quem defendeu o projeto do partido foi a deputada Isabel Moreira.
A deputada socialista Isabel Moreira foi a terceira a subir ao púlpito na sala das sessões do Parlamento.
Num registo em que procurou explicar o que está em causa, a parlamentar lembrou que o que está em discussão não é a liberalização da eutanásia, mas a despenalização da morte assistida, sendo sempre aplicada em "condições especiais". Mas quis dar um exemplo.
"É desumano dizer ao Luís Marques, tetraplégico ventilado, que pede reiteradamente ajuda para abreviar a sua morte que o Estado entende que tem a obrigação de viver.Se tiver ajuda isso é crime. Em nome de quê?", perguntou.
Isabel Moreira citou também João Semedo, "deputado, médico e amigo" e terminou a sua intervenção: "O voto de hoje não esmaga as convicções de ninguém".
Entretanto, o deputado José Luís Ferreira, foi o quarto deputado a falar. O PEV tem um projeto a votos, lembrando que o pedido só pode ser feito por um paciente maior, consciente e em caso de doença incurável e em profundo sofrimento. E poderá sempre ser revogado. O PEV defende que a eutanásia só pode ser feita no SNS e não em hospitais privados, para evitar qualquer margem de "negócio" e com regras muitos específicas para despenalizar a morte assistida.
O PEV não irá votar contra nenhum dos projetos em discussão.