O primeiro-ministro, António Costa, arrancou o debate quinzenal desta quarta-feira a abordar a estratégia do Governo no combate ao Covid-19. No seu discurso, o governante deu duas novidades. Uma delas é uma linha de crédito para as empresas no valor 100 milhões de euros, no caso de ser necessário. A outra novidade é a de que o Executivo vai revaliar as estimativas de crescimento económico já em abril, tendo em conta os efeitos da epidemia a nível internacional.
"Em Portugal, divulgaremos até 15 de abril as novas estimativas de crescimento para 2020 e anos seguintes e não deixaremos de refletir este risco na projeção a apresentar", declarou o primeiro-ministro, no rescaldo da videoconferência do eurogrupo.
"É com sentido do risco, mas com a confiança que devemos viver este momento", defendeu o primeiro-ministro, garantindo que houve reforço em toda linha no Serviço Nacional de Saúde e há, em stock, "dois milhões de máscaras e mais um milhão e 600 mil na Cruz Vermelha Portuguesa", destinados, sobretudo a profissionais de saúde, infetados ou pessoas em isolamento.
Para Costa é preciso "serenidade", considerando que Portugal está numa fase de "contenção", mas trata-se de uma "contenção alargada". E alertou: "O pior vírus é mesmo o do alarme social".
Por seu turno, o presidente do PSD quesitinou o governo sobre a falta de coordenação, o stock de máscaras e as indicações para quem regressa de zonas identificadas nos aeroportos. Para Rui Rio as regras só foram mais apertadas para voos da China. O primeiro-ministro alertou ,que desde a passada segunda-feira, há regras mais apertadas para voos vindos de Itália, onde o surto tem evoluído.