O primeiro-ministro, António Costa, ouve esta terça-feira vários académicos e especialistas, por videoconferência, com dois objetivos: perspetivar a situação económica em plena crise pandémica da covid-19 e, ao mesmo tempo, procurar contributos para relançar a atividade económica.
O encontro ocorre na semana em que termina o atual prazo do estado de emergência (17 de abril) e o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa já disse ser sua convição renovar por mais 15 dias. Assim, Costa quer ouvir “Nuno Alves, do Banco de Portugal; Nazaré da Costa Cabral, do Conselho de Finanças Públicas; Carlos Coimbra, do INE; António da Ascensão Costa, do ISEG e João Borges de Assunção, da Universidade Católica Portuguesa, sobre as perspetivas para a economia em contexto de crise pandémica, segundo uma nota oficial do gabinete do primeiro-ministro, António Costa.
Já sobre o relançamento da atividade económica “em contexto de crise pandémica”, o primeiro-ministro vai ouvir “Catarina Reis e Francisca Guedes de Oliveira, da Universidade Católica; Luís Catão e António Afonso, do ISEG; Ricardo Paes Mamede e Alexandra Ferreira Lopes, do ISCTE; Miguel Ferreira e Susana Peralta, da Universidade Nova SBE; Fernando Alexandre e João Cerejeira, da Universidade do Minho; José Caetano e Miguel Rocha de Sousa, da Universidade de Évora; Pedro Gil e Pedro Teixeira, da Universidade do Porto; Pedro Bação e Tiago Sequeira, da Universidade de Coimbra; João Amador, do Banco de Portugal; Miguel St. Aubyn, do Conselho Finanças Públicas; Ricardo Reis, da London School of Economics e Miguel Faria e Castro, da Federal Reserve Bank of St. Louis”., de acordo com a mesma nota enviada às redações.
De realçar que também o presidente do PSD, Rui Rio, disse numa entrevista à SIC, no passado dia 9, que o estado de emergência deveria ser renovado.
Por seu turno, o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, gravou uma declaração em video onde alerta contra despedimentos. “É verdade que o vírus é perigoso e pode matar, mas agravar a exploração e o empobrecimento, despedir abusivamente, cortar salários, desregular horários de trabalho e negar proteção social aos sectores mais vulneráveis também destrói vidas”, declarou Jéronimo de Sousa num vídeo de mais de seis minutos, divulgado na rede social Facebook pelo PCP. Jerónimo pediu ainda que se cante a canção “Grândola, Vila Morena” , de Zeca Afonso e o Hino Nacional no próximo dia 25 de abril à janela.