Um polícia e sete suspeitos terroristas foram mortos num tiroteio no Cairo, tendo sido feridos também três polícias, segundo o ministério do Interior egípcio, avançou a Reuters. O objetivo da célula terrorista seria lançar ataques contra cristãos coptas, que compõem cerca de 10% da população do país e celebram a Páscoa a 19 de abril.
Antes da operação, o ministério do Interior foi informado que havia "uma célula terrorista, cujos elementos defendiam a ideologia takfiri", afirmou, em comunicado. O termo takfiri refere-se ao polémico conceito islâmico de takfir, ou declarar alguém que se afirma muçulmano como não muçulmano, o equivalente a uma excomunhão: entre a vasta maioria dos muçulmanos nunca é utilizado, para os wahhabitas (a vertente teológica mais comum entre jihadistas) é algo recorrente, acusando xiitas ou até outros sunitas de serem infiéis. Os supeitos pretendiam "usar várias áreas no este e sul do Cairo como abrigo para levar a cabo operações terroristas", acrescentou o ministério.
Os media egípcios transmitiram imagens que parecem mostrar pesados confrontos armados entre a polícia e militantes, pedindo aos habitantes que fiquem dentro de casa. Nos abrigos dos suspeitos terroristas terão sido encontradas armas e munições, avançaram as autoridades. Recorde-se que o ultimo grande ataque terrorista no Egito foi em 2018, quando 18 pessoas foram mortas a tiro em autocarros perto do mosteiro de S. Samuel o Confessor, no sul do Cairo.