O líder parlamentar do PCP partilhou, no sábado, o decreto da segunda renovação do estado de emergência, que previa a realização das celebrações do 1. º de Maio e as consequentes deslocações entre concelhos. Na legenda da publicação feita na sua página do Facebook, João Oliveira destaca o CDS e o PSD, que votaram a favor da renovação do estado de emergência.
João Oliveira acusa ainda os sociais-democratas e centristas de “permanente incoerência” e de não se preocuparem verdadeiramente com os trabalhadores. “Tudo o que PSD e CDS digam agora contra o 1.° de Maio depois de terem votado a favor é só mais um contributo para descabelarem a sua permanente incoerência e revelarem a sua verdadeira despreocupação com os problemas dos trabalhadores”, escreve o deputado.
A publicação surge em resposta às críticas que os dois partidos têm feito às comemorações organizadas pela Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP) na Alameda D. Afonso Henriques, em Lisboa.
No seu Facebook, o líder do CDS partilhou uma fotografia das celebrações no Dia do Trabalhador. “Se o entrudo para o Estado de Calamidade é isto, então a calamidade é mesmo o estado a que isto chegou”, escreveu Francisco Rodrigues dos Santos.
O líder do PSD considerou que era “inaceitável” haver “milhares de pessoas da CGTP e do PCP a festejarem o 1.º de Maio em pleno Estado de Emergência”. Além do estado de emergência, que ainda estava em vigor na sexta-feira, foi aprovado e promulgado um decreto-lei que não permitia a circulação entre concelhos nos primeiros três dias de maio, sendo esta autorizada apenas por motivos de saúde ou “urgência imperiosa”.
No twitter, o social-democrata escreveu ainda que é “uma vergonha” trazer quem esteve presente de “camioneta”, quando, no dia, a circulação estava proibida. “Para o Governo, a geringonça goza de estatuto especial. Assim não!”, finalizou.