Marcelo Rebelo de Sousa elogiou a atuação de Rui Rio durante “o período crítico” da pandemia, que o Presidente da República fez questão de sublinhar que “ainda não terminou”. Marcelo considerou que o líder da oposição teve um comportamento exemplar, reconhecido não só em Portugal, como “em vários países”. Marcelo explicou que teve conhecimento do reconhecimento de países europeus e não europeus a partir dos telegramas diplomáticos, que “até transcrevendo discursos do presidente Rui Rio” sublinhavam “como ele tinha colocado o interessa nacional acima do interessa partidário num período crítico”. “E fê-lo dizendo-o abertamente”, acrescentou Marcelo.
Recorde-se que aquando da declaração do estado de emergência, Rui Rio afirmou que, no combate à pandemia, o PSD seria “colaboração e não “oposição”. Marcelo destacou esta colaboração do presidente social-democrata, que “deu uma força ao país que não se imagina”, na altura em que os portugueses “precisavam de ver os responsáveis unidos”, “deu uma força ao país que não se imagina”. “É verdade que o Governo e o primeiro-ministro foram muito louvados, mas o líder da oposição não foi menos louvado cá dentro e lá fora”, afirmou. Marcelo acrescentou ainda que que “é mais difícil ser líder da oposição do que primeiro-ministro”, e que se ocupasse agora o cargo de Rio, ocupado pelo Presidente entre 1996 e 1999, não conseguir fazer o que este fez. “Uma coisa é fazer um caminho para se atingir certos objetivos económicos e sociais, outra coisa é todos os dias ter de enfrentar uma situação nova e inesperada, com facetas novas e inesperadas, que não se sabe se vai melhorar ou piorar no dia seguinte”, justificou, agradecendo a Rui Rio.
Para além de agradecer às Forças Armadas, o Presidente da República considerou que no combate à propagação da pandemia todos os autarcas foram “heróis”, não deixando, porém, de destacar o trabalho de Salvador Malheiro. Por “circunstâncias adversas”, o Presidente destacou o ex-deputado por ter sido dos mais “sacrificados”. “Eu acompanhei a par e passo, dia a dia, e às vezes até hora a hora, a sua aventura e nunca desistiu. Nunca se resignou. Não teve um momento de desânimo”, afirmou, sublinhando a “coragem ilimitada” do atual presidente da Câmara Municipal de Ovar, cidade em que os três sociais-democratas se encontram esta sexta-feira.