Nos primeiros três meses deste ano, o Produto Interno Bruto (PIB) registou uma quebra de 2,3% face a igual período do ano anterior. Já quando comparado com o quarto trimestre do ano passado, o PIB registou uma diminuição de 3,8% em termos reais em cadeia. A primeira estimativa do Instituto Nacional de Estatística (INE) é assim revista em baixa: a primeira estimativa apontava para uma queda de 2,4% em termos homólogos e de 3,9% em cadeia.
O gabinete estatístico revela que o contributo da procura externa líquida para a variação homóloga do PIB passou de positivo no quarto semestre a negativo, “observando-se uma diminuição mais intensa das exportações de bens e serviços (-4,9%) que a observada nas importações de bens e serviços (-2,0%). A procura interna apresentou um contributo negativo pela primeira vez desde o 3º trimestre de 2013, em resultado da diminuição do consumo privado e do Investimento”, explica.
Já no que diz respeito às despesas de consumo final das famílias residentes, foi registada uma diminuição homóloga de 1,1% em volume, após o crescimento de 2% no trimestre anterior. As despesas em bens duradouros apresentaram também uma acentuada redução (-5,3%), após um aumento de 2,1% no 4º trimestre, refletindo principalmente uma queda das aquisições de veículos automóveis.
Também o emprego para o conjunto dos ramos de atividade da economia, ajustado de sazonalidade, registou uma quebra de 0,5% em termos homólogos.