Muitos ainda choram o ano de 1955 como o mais triste da história do Futebol Clube Os Belenenses. É verdade que aquele golo de Martins, do Sporting, a quatro minutos do fim, nas Salésias, que tirou o título aos azuis para o pôr nas mãos do Benfica é impossível de esquecer. Mas, pouco depois, uma notícia serviria de consolo. Atraído por uns valentes milhares de dólares, o Benfica tinha aceitado uma digressão pelo Brasil e pela Venezuela, avisando que não iria participar na Taça Latina, a taça que punha em confronto os campeões de França, Espanha, Portugal e Itália, enquanto a Copa Mitropa era disputada pelos países da Europa central. As duas competições estavam à beira de dar lugar à Taça dos Campeões Europeus, caindo do plinto do seu anterior prestígio.
Sem Benfica, o segundo classificado do campeonato português foi chamado à liça, em Paris, no_Parque dos Príncipes, para defrontar, na primeira meia-final, o Real Madrid de Di Stéfano, Zárraga, Rial, Miguel Muñoz e Paco Gento. No dia 21 de junho, antevéspera do encontro, os seguintes jogadores azuis embarcaram num avião da TAP: José Pereira, Pires, Figueiredo, Carlos Silva, Vicente, Dimas, Di Pace, Perez, Matateu, Tito I e Tito II, Sério, Moreira e Angeja. De certa forma, pode dizer-se que eram clubes amigos. O Real fizera questão de convidar o Belenenses para a inauguração do Estádio Santiago Bernabéu em 1947. Um Belenenses campeão de Portugal, nessa altura. Como praticamente se apresentava desta vez.
Leia o artigo na íntegra na edição impressa do SOL. Agora também pode receber o jornal em casa ou subscrever a nossa assinatura digital.