Sérgio Sousa Pinto defendeu esta quarta-feira que, no que diz respeito à permissão ou proibição de aglomerados de pessoas, as mensagens enviadas pelo Governo são contraditórias.
As declarações foram feitas ao i, depois de o socialista ter comentando uma fotografia do espetáculo de Bruno Nogueira, "Deixem o Pimba em Paz", que na primeira noite (1 de junho) contou com a presença de António Costa e Graça Fonseca, e na segunda (2 de junho) com a de Marcelo Rebelo de Sousa. "Podem prosseguir com as aulas em videoconferência, afinal são apenas aulas", lê-se no Facebook.
Deixando claro que a intenção não era "fazer nenhum juízo de valor sobre o espetáculo de Bruno Nogueira", Sousa Pinto explica que perante uma ameaça de saúde pública é necessário existir "coerência nos critérios que são aplicados relativamente ao tipo de concentrações humanas que são permitidas".
"Se temos condições sanitárias para uma concentração de pessoas como a que se verificou no Campo Pequeno, não faz sentido que se mantenha esta situação das aulas em videoconferência", defendeu, sublinhando que em causa não está o tipo de evento, e que tanto poderia ter sido o espetáculo do humorista, como com concerto, tourada, ou qualquer outro tipo de concentração.
Na perspetiva do socialista, estão em falta a racionalidade, a coerência e princípio da igualdade, que resulta numa "dualidade de critérios". "Isto gera uma cultura em que as pessoas começam a desvalorizar a necessidade de comprirem a lei", alerta.