Costa admite despedimentos na TAP

“Não vale a pena estar com ilusões e a esconder”, tal atitude seria o “mesmo que dizer a uma pessoa que vai ser operada e que não vai ter dores na operação”

O primeiro-ministro reconheceu, esta sexta-feira, que o plano de reestruturação da TAP terá “consequências sobre o emprego” na companhia aérea.

No final da votação do Orçamento Suplementar, aprovado hoje, António Costa, questionado sobre a situação da TAP, sublinhou: “Acho que é preciso que tenhamos a noção do seguinte: se a Comissão Europeia autoriza ajudas do Estado, isso tem uma contrapartida”.

A contrapartida, esclareceu o chefe de Governo, é “um reajustamento da empresa no plano de reestruturação que terá de ser negociado”.

“Toda a gente sabe que esse programa de reestruturação vai implicar seguramente uma diminuição do número de rotas da TAP, uma diminuição do número de aviões e necessariamente terá consequência sobre o emprego da TAP”, afirmou.

Para Costa, “não vale a pena estar com ilusões e a esconder”, tal atitude seria o “mesmo que dizer a uma pessoa que vai ser operada e que não vai ter dores na operação”, acrescentou.

Sobre a solução encontrada para a companhia, o primeiro-ministro lembrou: “é sempre melhor um acordo do que um contencioso”.

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