O ministro dos Negócios Estrangeiros afirmou, esta segunda-feira, que "não faz sentido" que o Reino Unido considere os Açores e a Madeira como destinos seguros e ainda assim não dispense os turistas da quarentena obrigatória.
Augusto Santos Silva afirmou ainda que o Governo estava a "trabalhar em soluções" e a "todos os níveis" neste assunto e, referindo-se às críticas que lhe foram feitas depois de considerar a decisão do Governo inglês em excluir Portugal da lista de destinos seguros "absurda", considerou que "a ninguém parecerá estranho que o ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal se bata pelos interesses de Portugal".
"É que é mesmo isso que eu jurei fazer quando tomei posse", rematou.
Questionado pelos jornalistas acerca das formas de contornar as limitações impostas aos britânicos que queiram visitar o território continental português, como, por exemplo, fazendo parte da viagem de automóvel, Augusto Santos Silva respondeu que "o Estado não se substitui às decisões dos cidadãos", mas admitiu que as restrições acabam por ser pouco efetivas.
"Estas medidas têm impacto relativamente limitado designadamente em comparação com as medidas que nos parecem ter, essas sim, impacto: as regras de etiqueta respiratória, as regras de distância social, as regras de proteção pessoal e dos outros em circunstâncias em que essa distância social é mais difícil", afirmou.