‘Chega só aceita conversar com um PSD que não seja dama de honor do Governo’

Partido de Ventura responde com ironia à posição de Rio sobre um eventual entendimento entre as duas forças políticas.

‘Chega só aceita conversar com um PSD que não seja dama de honor do Governo’

O líder do Chega, André Ventura, reagiu, esta quinta-feira, às declarações do presidente do PSD, que admitiu, ontem, um eventual entendimento futuro com o partido, mas apenas se este evoluir "para uma posição mais moderada".

"O Chega também só aceitará conversar com um PSD que aceite ser oposição à séria e não a dama de honor do governo socialista. Se o PSD honrar a sua tradição e voltar a representar os portugueses descontentes com o atual rumo das coisas podemos conversar. Caso contrário, não há ponte possível", lê-se em comunicado da direção nacional do partido liderado por André Ventura.

No mesmo texto, a direção do Chega sublinha que "é importante que o PSD saiba que o Chega nunca será muleta de nenhum partido e não será o CDS do século XXI" e "ou há um verdadeiro projeto de transformação do país ou o Chega estará fora de quaisquer jogos ou conversações políticas".

Recorde-se que Rui Rio afirmou, numa entrevista transmitida quarta-feira na RTP, que um eventual entendimento entre os dois partidos "não depende do PSD, depende do Chega”.

“Se o Chega evoluir de uma tal maneira que – embora seja um partido marcadamente de direita, em muitos casos de extrema-direita, muito longe de nós que estamos ao centro -, se o Chega evoluir para uma posição mais moderada, eu penso que as coisas se podem entender", explicou o líder ‘laranja’.