O bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, garante que, caso a qualidade da prestação dos cuidados de saúde seja colocada em causa, a Ordem pode e deve fiscalizar a instituição em questão, seja ela uma entidade pública ou privada. Esta explicação surge na sequência da entrevista a António Costa este fim de semana e, ao JN, Miguel Guimarães sublinhou que foi a instituição que foi fiscalizada e não o Estado.
Os médicos ficaram “visivelmente incomodados com as palavras do primeiro-ministro”, disse o bastonário, acrescentando que esta “é a pior altura para António Costa abrir guerra aos médicos”.
Este fim de semana, António Costa disse ao Expresso que o Governo não acordou “agora por causa do relatório de uma entidade que não tem competência legal para fazer esse estudo”. As ordens “não existem para auditar o Estado”, acrescentou o primeiro-ministro. As críticas aos médicos foram várias, tendo António Costa deixado mais um aviso: “Não vamos concentrar-nos num relatório de uma instituição a quem são feitas graves acusações nos outros relatórios”.