Os presidentes das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) vão a votos, em eleição indireta, no próximo dia 13 de outubro. Apesar de os colégios eleitorais serem autarcas (assembleias municipais de vários distritos, por exemplo), as indicações partiram das cúpulas dos dois maiores partidos.
Com o assentimento de António Costa e de Rui Rio, ficou acertado que o PS indicaria os nomes para a CCDR de Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve e o PSD para a CCDR do Centro e para a do Norte. Nas divisões, o PCP colocou-se fora deste processo. O entendimento tácito entre o primeiro-ministro, António Costa, e o presidente do PSD, Rui Rio, pressuponha que, se uma das partes não aceitasse algum nome, encontrar-se -iam alternativas.
Assim, para Lisboa e Vale do Tejo mantém-se Teresa Almeida. No caso do Algarve, José Apolinário, ex-secretário de Estado das Pescas, predispôs-se a concorrer. No Alentejo, avançou o antigo deputado do PS António Ceia da Silva, ainda que não esteja colocada de parte a hipótese de o atual presidente da CCDR, Rodrigo Grilo, poder concorrer (como independente). No Centro é a social-democrata Isabel Damasceno que vai a votos. Já a Norte, a opção do lado de Rui Rio recaiu num independente: António M. Cunha, antigo reitor da Universidade do Minho – neste quadro, o PS indicará para votação o nome de Célia Ramos (avançou o JN) e o PSD prepara-se para indicar Carlos Duarte. Entre sociais-democratas há a convicção de que o antigo deputado do PSD resista a ser vice-presidente (ao invés de presidir à CCDR). Mas o visado insistiu ao SOL no que já tinha dito na semana passada:«Serei sempre parte da solução e não do problema». De realçar que as CCDR têm um papel crucial na gestão de fundos europeus e esta eleição ocorre num quadro de descentralização.