Quase 20 anos depois de ter deixado a política ativa, Paulo Pedroso regressa para coordenar a campanha de Ana Gomes à Presidência da República. O envolvimento no processo da Casa Pia foi de imediato aproveitado por André Ventura e vários socialistas saíram em defesa do ex-ministro de Guterres, que poderá também gerar uma onda de apoio à candidatura presidencial de Ana Gomes (contra a vontade expressa do presidente do partido, Carlos César, e do próprio líder, António Costa).
Ana Catarina Mendes, líder parlamentar do PS e ex-mulher de Paulo Pedro, defendeu-o frisando que tem «todo o direito de ser o que quiser. É um homem livre, sem qualquer culpa que lhe pese ou que lhe possa ser imputada». A dirigente socialista, num texto que escreve no facebook, não quis «deixar de condenar, de forma muito veemente, a calúnia, muitas vezes escondida no anonimato confortável e sujo das redes sociais, que mais uma vez tem como destinatário alguém que, tendo sido visado pela justiça, foi pela mesma justiça absolutamente inocentado de uma acusação monstruosa».
A deputada socialista Isabel Moreira também se mostrou solidária com o ex-ministro socialista. «Em Portugal , há um líder partidário que normalizou a calúnia e a difamação. Não passa de um cobarde. A minha solidariedade com Paulo Pedroso é total. Partilho com aplauso as palavras da Ana Catarina Mendes», escreveu, nas redes sociais.
André Ventura afirmou que iria «mudar a alcunha para ‘candidata Casa Pia’, com tudo o que isso acarreta». O líder do Chega e candidato à Presidência da República desafiou Ana Gomes a retirar Paulo Pedroso da coordenação da sua campanha.