O líder parlamentar do PEV revelou, esta terça-feira, após uma audiência com o Presidente da República, que o Governo está a ponderar "escalonar" os concelhos do país em função da incidência dos casos ativos de covid-19.
José Luís Ferreira adiantou que a informação lhe foi transmitida por Marcelo Rebelo de Sousa, e que ainda é apenas uma hipótese.
A medida, a verificar-se, irá dividir os concelhos em três escalões: um menos grave, com entre 240 e 480 infetados por 100 mil habitantes; um intermédio, cujos valores variam entre 480 e 960; e um mais grave, para os concelhos com mais de 960 casos.
"As medidas que o Governo deve tomar para combater a pandemia dispensam o recurso ao mecanismo extremo que é o estado de emergência", adiantou ainda o deputados dos Verdes, partido que na última votação se mostrou conta o novo estado de emergência, que acabou por ser aprovado, estando atualmente em vigor.
Para José Luís Ferreira é necessário o "reforço das medidas de contenção", mas dar a entender que o combate à pandemia exige a figura do estado de emergência é "pretender confundir os portugueses".
As prioridades do Governo, segundo o PEV, devem ser o reforço do SNS e a garantia do distanciamento necessário nos transportes públicos e, continuou o deputado, para nenhuma delas é necessário o estado de emergência.
Sobre o Orçamento do Estado, José Luís Ferreira avançou que o PEV selecionou as suas 25 propostas mais importantes de um leque total de 120, enviando-as depois ao Governo.
O partido está assim "à espera" de uma resposta do Executivo para determinar a sua posição na votação final global de dia 26.
"Até agora, está tudo em aberto", comentou José Luís Ferreira, acrescentando que o partido vai decidir o voto "independentemente de qualquer aceno" de possibilidade de crise política.
Por último, o líder parlamentar informou ainda que Marcelo Rebelo de Sousa vai marcar as eleições presidenciais para 24 de janeiro, e que a data deverá ser anunciada oficialmente pelo chefe de Estado 24 de novembro.