A Iniciativa Liberal tinha insistido em levar a sua proposta para a criação de um Portal da Transparência para a execução dos Fundo europeus a plenário, apesar de esta ter sido chumbada em sede de comissão parlamentar, e houve uma reviravolta no resultado, fruto da posição das duas deputadas não-incritas.
PSD, BE, PAN, CDS, Chega e Iniciativa Liberal (108 votos no total) votaram a favor, o PCP (10) absteve-se e o PS (108) votou contra, numa primeira votação na Comissão de Orçamento e Finanças, mandam as regras do Parlamento que mantendo-se o resultado numa ronda seguinte de votos que a proposta seja rejeitada.
No entanto, o projeto do Iniciativa Liberal foi resgatado para votação em plenário, que inclui a posição dos Verdes e das duas deputadas não inscritas, que não têm assento na comissão de Orçamento e Finanças.
A proposta foi então resgatada para votação em plenário esta terça-feira (tal como várias outras), contando já com os votos dos Verdes e das duas deputadas não inscritas, que não têm assento na comissão de Orçamento e Finanças, e cujo voto a favor fez agora toda a diferença, ainda que nem todos os presentes no Parlamento tenham percebido logo.
Aliás, o presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, chegou mesmo a dar a proposta como tendo sido chumbada, valeu o cuidado do vice-presidente social-democrata que chamou à atenção para a pequena – neste caso grande – diferença na votação.
“Foi só o Partido Socialista que votou contra? Se foi assim, a proposta foi aprovada, senhor presidente, porque houve 12 abstenções e 110 votos a favor”, disse Duarte Pacheco. “Tem toda a razão, senhor deputado”, respondeu Ferro Rodrigues.
Assim, os 108 votos do PS não foram suficientes para travar a proposta do Iniciativa Liberal que somou os dois votos a favor de Joacine Katar Moreira e de Cristina Rodrigues aos 108 que já sabia ter.