O Presidente da República e o presidente da Assembleia da República entregaram, esta quarta-feira, o Prémio Norte-Sul no Parlamento, relembrando a importância do combate pelos direitos humanos contra a intolerância.
A 25ª edição do Prémio Norte-Sul foi realizada esta quarta-feira, e teve como grandes vencedores a tunisina Nabila Hamza, socióloga e ativista dos direitos das mulheres, ao italiano Leoluca Orlando, presidente da Câmara de Palermo, defensor da mobilidade internacional e da integração dos migrantes.
Marcelo Rebelo de Sousa não pode estar presente, uma vez que se encontrava na missa de corpo presente do ensaísta Eduardo Lourenço, que morreu na terça-feira. No entanto, o Presidente da República interveio através de uma gravação, defendendo Leoluca Orlando como tendo exercido os vários mandatos como presidente da Câmara de Palermo "sempre pela liberdade e pela tolerância, contra a discriminação, a xenofobia e a intolerância no tratamento de migrantes e de refugiados".
Sobre o tema que dá vida a este Prémio, Marcelo Rebelo de Sousa referiu que este "é um desafio de hoje e de amanhã: a inclusão, o combate à xenofobia, num tempo marcado pelo unilateralismo, pelo protecionismo, pelo hipernacionalismo, pela diferença entre os nossos e os outros, os meus e os outros, questionando o Estado de direito, e no caso do premiado, o Estado de direito a nível autárquico, a nível local".
Já Ferro Rodrigues considerou os dois laureados como sendo "duas referências nas suas comunidades, pela transformação que conduziram ao nível local, e que ganharam escala e relevância nacional, agora amplificada a um nível ainda mais vasto pelo exemplo que são para toda a humanidade".
O Prémio Norte-Sul é entregue pelo Conselho da Europa, desde 1995, e pretende realçar "duas personalidades distintas que tenham mostrado um empenho de excelência na defesa e promoção dos Direitos Humanos, pluralidade democrática, desenvolvimento do diálogo intercultural e reforço da solidariedade entre norte e sul".