O Sudão, o Bahrein e os Emirados Árabes Unidos tinham já dado os primeiros passos para normalizar as relações com Israel, com o selo de confiança e a mediação do Governo dos Estados Unidos. Agora, Marrocos junta-se à lista, anunciou Donald Trump na sua rede social favorita, o Twitter. “Outro avanço histórico hoje!”, referiu, contando que “dois grandes amigos, Israel e Marrocos, concordaram em normalizar completamente as relações diplomáticas", o que constitui, para Donald Trump, "um grande passo para a paz no Médio Oriente".
Estas novas linhas de diálogo entre vários países árabes e Israel encaixam-se nos intitulados “acordos abraâmicos”, que foram conduzidos pela Casa Branca. Na mira de Jared Kushner, genro e assessor de Donald Trump e coordenador da Casa Branca nestas ligações, o reconhecimento de Israel por parte da Arábia Saudita é também “inevitável”.
Como moeda de troca, os Estados Unidos concordaram em apoiar Marrocos na questão relativa ao Saara Ocidental, uma antiga colónia espanhola que o país reclama, e que é disputada por separatistas do Movimento Frente Polisário, apoiados pela Argélia.
"A proposta séria, credível e realista de Marrocos para a autonomia é a única base para uma solução justa e duradoura para garantir a paz e a prosperidade!", referiu Donald Trump num tweet. “Marrocos reconheceu os Estados Unidos em 1777. Portanto, é apropriado que reconheçamos a sua soberania sobre o Saara Ocidental”, frisou.