O presidente do Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização (SCIF) do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), Acácio Pereira, afirmou, esta segunda-feira, que o Presidente da República foi para além das suas competências ao ter equacionado uma eventual extinção daquela instituição.
"Perante estes casos isolados”, disse o sindicalista, referindo-se às circunstâncias que levaram à morte do cidadão ucraniano nas instalações do SEF no aeroporto de Lisboa, “o que é imprescindível é que a direção nacional promova as ações necessárias para que factos idênticos nunca mais voltem a acontecer", sublinhou, numa conferência de imprensa, convocada para esta segunda-feira para abordar o tema do futuro do SEF.
Para o sindicato, a solução não deverá ser a retirada de competências do SEF ou a sua extinção, mas a inversão da "trajetória da degradação de condições de trabalho". Acácio Pereira reiterou a ideia de que o Governo tem de dotar aquela força de segurança com os meios necessários para que “o episódio sinistro que levou à morte de um cidadão no aeroporto de Lisboa, assim como outros casos de abuso de poder que possam ter existido” não voltem a acontecer.
Acácio Pereira assegurou que não existe "qualquer problema sistémico", mas sim "casos isolados". “Não conheço que haja outro caso do género”, acrescentou referindo-se à morte de Ihor Homeniuk.
{relacionados}