O Banco Europeu de Investimento (BEI) e o BPI vão disponibilizar um total de 112 milhões de euros à EDP Renováveis para a instalação de dois novos parques eólicos, que ficarão instalados nos distritos de Coimbra e Guarda.
A EDP Renováveis – uma das principais produtoras de energia eólica do mundo – vai projetar, construir e explorar dois parques eólicos de média escala: Tocha II, com uma capacidade de 33 MW, e Sincelo, com uma capacidade de 92 MW. O parque eólico Tocha II situar-se-á a oeste, próximo da costa atlântica, no município de Cantanhede (Coimbra), e o parque eólico Sincelo situar-se-á nos municípios de Pinhel e Guarda (Guarda), no nordeste de Portugal. No total, estes parques vão ter uma capacidade nominal de 125 MW.
Este projeto terá também um efeito direto e positivo no emprego, uma vez que se espera que crie aproximadamente 560 postos temporários durante a fase de construção. O projeto é cofinanciado pelo Banco BPI (com 47 milhões de euros) e o financiamento do BEI (com 65 milhõers de euros) é apoiado pelo Fundo Europeu para Investimentos Estratégicos (FEIE), o principal pilar do Plano de Investimento para a Europa.
Em comunicado conjunto das entidades envolvidas, o Comissário para a Economia, Paolo Gentiloni, disse que "este acordo entre o BEI e a EDP Renováveis, apoiado pelo Plano de Investimento para a Europa, é um vencedor tanto para o clima como para a economia". "O financiamento, apoiado pelo Fundo Europeu para Investimentos Estratégicos, financiará novos parques eólicos terrestres no oeste e norte de Portugal, ajudando o país a alcançar as ambiciosas metas que tem em matéria de planos energéticos e climáticos, bem como a criar novos empregos no processo", refere o diurigente comunitário.
O CEO interino da EDP Renováveis, Rui Teixeira, afirmou que "na EDP Renováveis, temos o prazer de contar com o apoio do BEI e do BPI para o desenvolvimento de novos projetos que contribuirão para que Portugal atinja as metas do Plano Energético e Climático e as metas da Comissão Europeia, e também para a criação de mais de meio milhar de postos de trabalho. Este projeto reforça o nosso compromisso para com o setor português das energias renováveis e a melhoria da qualidade de vida das gerações atuais e futuras. Reforça também o nosso papel-chave enquanto líder mundial no setor das energias renováveis".
Já o vice-presidente do BEI, Ricardo Mourinho Félix, responsável pelas operações do Banco em Portugal, afirmou que "este projecto emblemático reforça a nossa parceria com a EDP Renováveis e o compromisso do Banco na promoção da ação climática, do desenvolvimento económico e da coesão. Apoiar os objetivos de descarbonização de Portugal, ao mesmo tempo que promovemos o crescimento e a criação de emprego, é uma das principais prioridades do BEI. Se queremos tornar a recuperação económica pós-covid verde e inclusiva, é fundamental promover o fornecimento de energia renovável e a sua ampla utilização pelo setor produtivo e pelos cidadãos".
Por fim, Pedro Barreto, administrador do banco BPI, disse que "o BPI é, desde há muito anos, parceiro do Grupo EDP e esta operação da EDP Renováveis vem reforçar, uma vez mais, essa parceria. A adoção de critérios ESG-Environmental, Social and Governance, no lançamento de operações de investimento, faz parte de uma nova tendência que terá uma relevância crescente, e muito importante, no futuro próximo". "A participação nesta operação, em conjunto com o BEI, o que muito nos orgulha, coloca o banco BPI como uma entidade de referência no financiamento a empresas portuguesas assente em princípios de sustentabilidade", conclui o responsável.