O primeiro-ministro, António Costa, anunciou, esta quarta-feira, que o país vai voltar a confinar e revelou as regras que irão entrar em vigor.
Em conferência de imprensa, o primeiro-ministro pediu união e responsabilidade solidária para “travarmos esta pandemia em conjunto”. Costa alerta que “estamos num momento perigoso” e a regra essencial ” é ficar em casa”. Ou seja, haverá o dever de recolhimento domiciliário “tal como tivemos em março e abril do ano passado”.
As medidas irão entrar em vigor a partir das 00h00 do dia 15 de janeiro. Estas medidas têm a validade de 15 dias, por uma questão legal, mas o primeiro-ministro frisou que "devemos assumir" que vão durar um mês.
O chefe do Governo acabou com uma das questões que mais dúvidas gerou e disse que as escolas irão continuar em funcionamento, em regime presencial.
O Governo decidiu ainda duplicar todas as coimas previstas para a violação de qualquer uma das medidas em vigor para conter a pandemia, nomeadamente o uso de máscara na via pública.
O teletrabalho para a ser obrigatório, “sempre que possível”, e barbearias, cabeleireiros, e ginásios vão encerrar. As mercearias e supermercados podem estar abertos mas a lotação será limitada a 5 pessoas por 100 metros quadrados, já os restaurantes e cafés só poderão funcionar em regime de take-away ou entrega ao domicílio.
Os dentistas e farmácias ficarão abertos, tal como os tribunais, mas os estabelecimentos culturais ficarão fechados. O futebol profissional mantém -se em atividade, mas sem público, e as cerimónias religiosas poderão manter-se desde que cumpram as regras da Direção-Geral da Saúde.
“Temos mesmo de dar um passo atrás “, frisou António Costa, reiterando que “ a vida não tem preço “.
O primeiro-ministro assumiu que a situação vai ter um impacto muito negativo na economia e adianta que o programa apoiar para empresas e cultura será alargado. Também "todas as atividades encerradas terão acesso automático ao lay-off simplificado".
Consulte aqui o comunicado do Conselho de Ministros com todas as medidas.