O Ministério Público (MP) acusou Evaristo Marinho do crime de homicídio qualificado de Bruno Candé, agravado por ódio racial, avança o jornal Público. O ator foi assassinado a 25 de julho de 2020, na Avenida de Moscavide, em Lisboa.
De acordo com o despacho de acusação a que o Público teve acesso, o MP deu como provado que o homem de 76 anos, ex-militar da guerra colonial em Angola, agiu com a intenção de matar Candé, tendo dirigido expressões nas quais se “referiu em concreto à cor da sua pele”.
O homicídio foi agravado pelo artigo 131.º e 132.º do Código Penal por ter sido “determinado por ódio racial, religioso, político ou gerado pela cor, origem étnica ou nacional, pelo sexo, pela orientação sexual ou pela identidade de género da vítima”.
Bruno Candé, de 39 anos, morreu após ter sido "baleado em várias zonas do corpo" na via pública. A família declarou que o ator "foi alvejado à queima-roupa, com quatro tiros, na rua principal de Moscavide", e que "o seu assassino já o havia ameaçado de morte três dias antes".
Após o crime, Evaristo Marinho ficou a aguardar julgamento em prisão preventiva por homicídio qualificado e posse de arma ilegal.