O Ministro da Educação esclareceu, esta quinta-feira, as implicações do encerramento de todas as escolas a partir de amanhã e pelo menos durante 15 dias, decisão comunicada pelo primeiro-ministro após Concelho de Ministros.
Tiago Brandão Rodrigues começou por dizer que considera que “a sociedade portuguesa entendeu que as escolas fizeram um enorme e extraordinário trabalho" e que este era um dia "muito penalizador". Aproveitou ainda para agradecer a todos os que trabalham diretamente com os estabelecimentos de ensino.
Sobre o facto de não ir ser aplicado o ensino à distância no período de encerrando dos estabelecimentos escolares, o ministro informou que estes 15 dias vão ser compensados na interrupção letiva prevista para o Carnaval que desaparece, as férias da Páscoa são encurtadas e o ano letivo terminará uma semana mais tarde.
O governante deixou também um apelo à sociedade portuguesa “para que cumpra todas as regras em vigor para que possamos combater a pandemia e possamos poder reduzir este período de afastamento", disse. "As regras nas nossas escolas foram cumpridas e sei que os jovens vão cumprir este confinamento", acrescentou.
Para o ministro da Educação, nada substitui a experiência letiva presencial e admitiu que é na escola “que os mais vulneráveis têm uma atenção redobrada". Por isso, defendeu ser importante que os portugueses se unam para que "este sacrifício que os mais novos estão a fazer possa ter efeito para mitigar esta pandemia" e acrescentou: "Esta é a geração que vai pagar uma fatura muito maior do que a geração mais velha. Vão ter problemas de alergologia, oncológicos, respiratórios, cardiovasculares, mentais. Por isso temos de voltar para a escola".
Brandão Rodrigues deixou ainda um recado aos colégios, cuja esmagadora maioria defende o ensino à distância durante este período. A decisão aprovada em Conselho de Ministros "é clara", afirmou. "Todas as atividades letivas estão interrompidas".
"Este ziguezagear, não digo oportunismo, mas o espreitar sempre a exceção ou tentar fazer diferente é o que nos tem causado tantos problemas societais", sublinhou Tiago Brandão Rodrigues.