O Hospital Amadora-Sintra vai transferir esta tarde mais 32 doentes, confirmou ao i fonte oficial da instituição. De manhã o hospital assegurou que a rede de fornecimento de oxigénio está estabilizada mas as enfermarias "no limite da capacidade" para assegurar débitos de alta pressão de oxigénio motivam as transferências, diz a mesma fonte.
Durante a noite e madrugada foram transferidos 43 doentes, 18 para o Centro Hospitalar Lisboa Norte, indica o hospital, retificando a indicação de 53 transferências fornecida esta manhã. Esta quarta-feira da parte da tarde são transferidos 19 doentes para o Hospital da Luz, que cedeu ao hospital instalações para a abertura de uma enfermaria. A equipa será enviada pelo Amadora-Sintra e engloba profissionais da instituição. Ao todo vai ser deslocada para o Hospital da Luz, em Benfica, uma equipa de 33 profissionais, entre os quais 20 enfermeiros e 10 assistentes operacionais. Além destes 19 doentes serão transferidos nove doentes para o Hospital das Forças Armadas e quatro para Portimão.
Entretanto o Hospital Amadora-Sintra adianta que também a admissão de doentes urgentes transportados pelo INEM está durante o dia de hoje suspensa, com situações de urgência que surjam na área de influência do hospital a serem agora encaminhadas pelo CODU para outros hospitais da região.
No passado domingo, um pedido para desvio de doentes foi recusado pelo INEM. Questionado pelo i sobre esta situação, o Instituto Nacional de Emergência Médica esclareceu já esta semana que "em situações de elevada pressão sobre um hospital, os CODU podem, transitoriamente, desviar doentes para outras unidades de saúde, sempre em articulação com os hospitais envolvidos e as respetivas ARS, e desde que esse procedimento não coloque em causa a segurança dos doentes", acrescentando que "este mecanismo, transitório, apenas pode ser implementado pelos CODU quando existe capacidade dos hospitais vizinhos para absorverem esses doentes. No entanto, quando todos os SU de uma determinada região se encontram sobrecarregados, o desvio de ambulâncias para outros hospitais vizinhos não é possível ou apenas é exequível em situações muito concretas e pontuais."