A economia portuguesa deverá ter caído entre 2,5% e 3,5% no primeiro trimestre deste ano face ao trimestre anterior e entre 5,6% e 4,6% em relação ao trimestre homólogo de 2020. A estimativa é do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG), que diz que “o 1.º trimestre de 2021 ter-se-á caracterizado por um decréscimo da atividade em relação ao 4.º trimestre de 2021 devido ao confinamento mais rigoroso que vigorou durante dois terços do trimestre”.
Na síntese de conjuntura económica, os economistas avançam, que os dados dos indicadores quantitativos disponíveis para o primeiro trimestre “sugerem um aprofundar da queda da atividade em janeiro e fevereiro, devido às restrições de atividade impostas pelo segundo confinamento, seguida de uma melhoria relativa em março, após o início do desconfinamento parcial”.
No mês de março, os indicadores de clima e sentimento económico “registaram uma subida relevante” com a perspetiva do desconfinamento. Esses indicadores cresceram de forma mais evidente na indústria, comércio a retalho e nos serviços.
"Na Área Euro registou-se, em março, uma subida muito pronunciada e generalizada do indicador de Sentimento Económico, mas no final do mês assistiu-se a um retrocesso nos processos de desconfinamento em alguns países que pode ter voltado a refrear as expectativas", lê-se na análise.
Diz ainda o ISEG que o indicador de confiança dos consumidores, "pese embora uma dimensão mais negativa relativamente ao conjunto dos setores empresariais", também registou uma subida "relevante" no mês de março, "atingindo valores que são os melhores desde março de 2020".