A restauração está de olhos postos para a abertura dos espaços no interior, a partir de hoje. Ainda assim, considera que “é insuficiente para salvar o setor”. A garantia é dada ao i pela secretária-geral da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP). “Esperemos que corra tudo bem e que continuemos a progredir neste plano de desconfinamento. É um sinal de esperança, um sinal de alento, tal como foi no dia 5 de abril, porque podemos usufruir dos espaços interiores, o que é muito positivo porque nem sempre está bom tempo para as esplanadas e nem todos os estabelecimentos as têm. É sempre um sinal positivo para que os empresários possam continuar”, garante Ana Jacinto.
Mas nem tudo são boas notícias. A responsável lembra que esta abertura gradual continua a ser feita com muitas limitações, e isso irá refletir-se na faturação. “Podemos abrir gradualmente, mas continuamos com muitas limitações.
Dentro do estabelecimento só podemos ter quatro pessoas por grupo, temos de cumprir o distanciamento entre pessoas, entre corredores, ou seja, há uma série de limitações que têm de ser cumpridas e obviamente isso não é a salvação do setor, até porque este está mergulhado numa situação muito dramática”.
Face a esta situação, Ana Jacinto volta a apelar ao reforço dos apoios económicos e a “fazê-los chegar a todas as empresas de forma ágil, de forma descomplicada”.
Em relação aos problemas que se têm verificado em algumas zonas, nomeadamente devido à concentração mais elevada de pessoas, como é o caso do Bairro Alto, a secretária-geral da AHRESP lembra que a responsabilidade tem de recair nas duas partes: empresários e clientes. “Há aqui uma responsabilidade de todos, quer dos empresários, que têm de cumprir as regras, quer dos próprios clientes. Neste caso, as ruas são muito pequenas, os espaços são muito diminutos e depois origina uma grande afluência de pessoas”, acrescentando que “é por isso que temos apelado aos nossos consumidores que regressem aos espaços onde sempre foram felizes, mas com responsabilidade e cumprindo todas as regras: distanciamento, uso de máscaras e se há espaços com mais afluência temos que evitar”.
E vais mais longe: “Todos temos uma responsabilidade para que tudo prossiga normalmente. A maioria dos concelhos progrediu e segue o plano de descofinamento, mas há casos em que tal não aconteceu. Todos de fazer esforços para que não haja recuos e retrocessos porque isso é desastroso”.