A resposta da vice-presidente do grupo parlamentar do PS, Constança Urbano de Sousa, às críticas de João Cravinho não agradou a muitos socialistas.«Deve estar com a memória um pouco afetada», disse, na TSF, a deputada socialista, depois de o ex-ministro socialista ter criticado o partido por ter travado o combate à corrupção nos tempos de José Sócrates.
João Cravinho, que apresentou um conjunto de medidas para travar a corrupção em 2006, afirmou na SIC que «a visão política de José Sócrates como primeiro-ministro e secretário-geral do PS era de não combate à corrupção».
O PS reagiu, pela voz de Constança Urbano de Sousa, com a garantia de que, «mesmo durante o Governo de José Sócrates, o chamado pacote Cravinho foi praticamente todo concretizado. A única medida que não foi aprovada e o PS não apoiou foi o enriquecimento ilícito por considerar inconstitucional, o que foi confirmado duas vezes pelo Tribunal Constitucional». Mas o que não agradou a vários socialistas foi a vice-presidente do grupo parlamentar ter acusado o histórico do PS de ter ‘a memória afetada’.
«É uma desconsideração inaceitável. Um comentário infeliz. João Cravinho é um dos melhores quadros do PS», diz ao Nascer do SOL Daniel Adrião, que pertence à Comissão Política Nacional socialista.
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