Uma antiga bancária de uma sucursal da Caixa Geral de Depósitos, em Aveiro, foi acusada pelo Ministério Público (MP) de ter desviado quase 700 mil euros de dois familiares.
Segundo uma nota da Procuradoria-Geral Regional (PGR) do Porto, esta terça-feira publicada, o MP “proferiu despacho de acusação contra uma arguida, à data dos factos funcionária de instituição bancária de capitais públicos, imputando-lhe a prática de um crime de peculato, de um crime de branqueamento de capitais e de 137 crimes de falsificação de documento”.
De acordo com “os indícios recolhidos na investigação”, a arguida apropriou-se de 694.132,30€, entre 2009 e 2014, de dois familiares seus que tinham depositado dinheiro na instituição em que trabalhava. Para tal, “apôs assinaturas e rubricas em documentos relativos às ordens de levantamento, como se tivessem sido feitas pelos titulares da conta e fez consignar que os montantes em causa foram entregues presencialmente aos depositantes, o que não correspondeu à verdade”.
As quantias subtraídas ao longo dos cinco anos foram ocultadas em contas de outros familiares e pessoa próximas da arguida. O Ministério Público informa ainda que peticionou a declaração de perda das vantagens auferidas com a prática criminosa.