Durante o luto por uma sucessão de atentados à bomba junto a uma escola secundária no bairro de Dasht-e-Barchi, este sábado, ficou claro que as vítimas foram sobretudo mulheres que arriscaram estudar, num país onde isso pode ser fatal. Pelo menos 60 pessoas morreram e outras 150 ficaram feridas nos atentados, num bairro sobretudo xiita, alvo de uma série de ataques horrendos de grupos afiliados ao Estado Islâmico, incluindo o ataque a uma maternidade.
Até agora, sabemos que a escola atacada em Dasht-e-Barchi era mista, mas com horários diferenciados para rapazes e raparigas. O ataque, na qual ocorreram pelo menos três explosões coordenadas, provavelmente para aumentar a letalidade, ocorreu quantos estas saíam das aulas, segundo a Reuters.
“Em Cabul, terroristas cometeram um horrendo ataque contra alunos, a maioria raparigas”, ltweetou Malala Yousafzai, que sabe bem do que fala – após ser baleada na cabeça pelos talibãs, pelo suposto crime de estudar, em 2012, tornou-se um símbolo de esperança global. “A escalada do terrorismo é alarmante para a paz e democracia no Afeganistão”, acrescentou.