O ex-presidente do Banco Privado Português (BPP) João Rendeiro foi, esta sexta-feira, condenado a 10 anos de prisão efetiva, segundo a leitura do acórdão proferida no Campus de Justiça, em Lisboa. Em causa estão os crimes de abuso de confiança, fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais.
O tribunal condenou ainda Salvador Fezas Vital e António Paulo Guichard a nove anos e seis meses de prisão e Fernado Lima a seis anos de prisão
Segundo a juíza, os arguidos são “condenados de forma exemplar e expressiva porque os factos que praticaram são graves”.
O tribunal deu como provado que o antigo presidente e os ex-administradores do BPP, entre 2003 e 2008, se apropriaram de forma indevida de 31,280 milhões de euros do banco. Do total, João Rendeiro retirou 13,613 milhões de euros, Salvador Fezas Vital 7,770 milhões de euros, António Paulo Guichard 7,703 milhões de euros e Fernando Lima 2,193 milhões de euros.
No mesmo processo, João Rendeiro já havia sido condenado, em julho de 2020, a cinco anos e oito meses de prisão efetiva pelo Tribunal da Relação, que confirmou que os crimes de falsidade informática e falsificação de documentos que lesaram o banco tinham sido dados como provados. Os ex-administradores também foram condenados.