Enganava jovens mulheres, incluindo menores, para conseguir sexo gratuito

Homem apresentava-se como representante de agências de acompanhantes, propondo-lhes a celebração de contratos para encontros de natureza sexual com supostos clientes. 

O Ministério Público (MP) de Guimarães acusou um homem, que propunha a jovens mulheres, incluindo menores, a celebração de contratos de trabalho como acompanhantes, para conseguir encontros de natureza sexual gratuitos com as mesmas, de 31 crimes.

De acordo com uma nota divulgada pela Procuradoria-Geral Distrital do Porto, o MP considerou indiciado que o arguido, residente em Felgueiras, em 2014 e 2015, “travou conhecimento através da rede social facebook com jovens do sexo feminino, três das quais menores, a quem se apresentava como representante de agências de acompanhantes, propondo-lhes a celebração de contratos para encontros de natureza sexual” com supostos clientes dessas agências, com retribuições de três mil euros por encontro e nalguns casos até superiores.

Para dar credibilidade a tais alegações, o arguido “redigia alegados contratos de trabalho, deles fazendo constar os elementos de identificação das jovens e a quantia monetária que iriam receber em troca dos encontros, a entidade patronal que inventava e as funções que as jovens iriam desempenhar”. Designadamente, funções de modelo e de assistente laboral, com as categorias profissionais de comercial e de acompanhante.

Depois de conseguir que as jovens aderissem às propostas, o homem “marcava encontros de natureza sexual para as mesmas com tais pretensos clientes das ditas e inexistentes agências, encontros a que comparecia ele próprio, mantendo trato sexual com as jovens sem nunca lhes pagar o que quer que fosse”.

O arguido está acusado de seis crimes de violação, dezoito crimes de fraude sexual, dois crimes tentados de recurso à prostituição de menores, dois crimes de fotografias ilícitas, dois crimes de coação na forma tentada; e um crime de ofensa à integridade física simples.