Marcelo defende que medidas do Governo para desconfinamento são “tentativa de equilíbrio”

Para o chefe de Estado, é “fundamental não voltar atrás, não recuar”. Marcelo sublinha ainda que a situação antes da vacinação é diferente da “realidade” que agora existe.

O Presidente da República afirmou, esta quinta-feira, que as medidas aprovadas e anunciadas ontem pelo Governo sobre a pandemia são "uma tentativa de equilíbrio" entre dois "fundamentalismos", um sanitário e outro que quer maior abertura.

"Não se pode negar a realidade", disse Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações aos jornalistas na Embaixada de Portugal em Sófia, no final de uma visita oficial de três dias à Bulgária. O chefe de estado referia-se assim a um antes e um depois da vacinação no país.

"Verdadeiramente há uma tentativa – e ontem [quarta-feira] foi o caso – de encontrar um equilíbrio e evitar dois fundamentalismos, um fundamentalismo sanitário, que não reconhece que vivemos hoje numa situação diferente […] e depois um fundamentalismo em termos de abertura, que ignora que há padrões europeus que são adotados pelos países que nos rodeiam", adiantou.

"Eu acho que as medidas que ontem [quarta-feira] foram conhecidas e estão a ser adotadas em vários países europeus são uma tentativa de encontrar um equilíbrio entre dois extremos. E estão sempre sujeitas a atualização, elas apontam para final de agosto, mas todas as semanas há avaliações", acrescentou.

Para Marcelo Rebelo de Sousa, "é fundamental não voltar atrás, não recuar", e apelou a que haja "bom senso" que permita a abertura gradual da economia e da sociedade.