O Bastonário da Ordem dos Economistas era o nome falado para liderar uma lista de oposição à atual liderança da Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG), encabeçada por Virgílio Lima. O i sabe que esta solução estava a ser trabalhada desde novembro e surgiu depois de Rui Leão Martinho ter subscrito o manifesto “Salvar o Montepio” a apelar ao Governo para intervir no Montepio, que se manifestou disponível na condição de liderar uma lista, desde que incluísse Pedro Alves (atual presidente do Montepio Crédito) e Miguel Coelho (do grupo Carlos Areal, Ribeiro Mendes – que concorreu nas últimas eleições contra Tomás Correia – e Costa Pinto), unificando a alternativa a Virgílio Lima.
O movimento dos quadros internos do Montepio têm vindo a reunir apoios alargados, como Arez Romão, Eugénio Rosa, Bagão Félix e António Godinho – os candidatos da oposição mais votados nas eleições de 2015 e 2018.
O i sabe que, na passada quarta-feira, Eugénio Rosa reuniu-se com o grupo que assinou o manifesto – Ribeiro Mendes, Carlos Areal, entre outros – em que foi notada a ausência de Miguel Coelho, mas ao que i apurou, esta ausência foi interpretada como sinal de desconforto, onde este grupo apresentou uma proposta de composição do conselho de administração da Mutualista, que incluía vários nomes ligados ao PCP, nomeadamente a ex-dirigente da CGTP, Rosa Marques (ex-dirigente da CGTP).
Mas esta proposta foi rejeitada pelo grupo dos quadros, que a considerou desadequada no perfil e nas competências necessárias à gestão da Associação. E também por Rui Leão Martinho, por não assegurar a lista única, condição que tinha sido imposta para aceitar a incumbência, mostrando a sua indisponibilidade para continuar no processo.
As eleições para a associação que conta com 600 mil associados deverão realizar-se no fim deste ano e, para já, há uma novidade: na última Assembleia-Geral foi proposta final de regulamento eleitoral. A votação levou a várias alterações de fundo como é o caso de o Conselho de Administração ter perdido a exclusividade da Lista A e as letras passam agora a ser atribuídas às listas que se candidatarem a órgãos sociais por sorteio.
Tal como o i já avançou tem havido dificuldades por parte de Virgílio Lima na obtenção de apoios fora do circuito habitual caracterizado por forte ligação ao PS.