Um adolescente, de 14 anos, gravou um vídeo a ser violada pelo padrasto para denunciar os abusos sexuais de que era vítima há pelo menos seis anos, em Praia Grande, São Paulo, no Brasil.
De acordo com o site G1, a adolescente disse que só contaria à família quando tivesse coragem, mas também provas do crime.
Em declarações ao site brasileiro a irmã mais velha da vítima revelou que os abusos começaram quando a rapariga tinha apenas sete anos. O homem, de 44 anos, é casado há 12 com a mãe e os abusos tinham-se tornado mais frequentes nos últimos meses.
Segundo a mesma fonte, o suspeito ameaçava a adolescente para não ser denunciado e costumava retirar-lhe o telemóvel antes dos abusos, para que nada ficasse registado.
“Minha mãe nunca falou sobre sexo com ela [vítima]. Ela só foi entender o que estava acontecendo com 12 anos, na escola”, contou.
Contudo, no mês passado, a jovem conseguiu gravar momentos do crime, com o telemóvel escondido, depois de o suspeito dar início aos abusos quando pensava que a menor estava a dormir.
Uma semana depois de fazer a gravação, a vítima procurou a irmã mais velha, que já não vive com a família, para denunciar o sucedido. As irmãs contaram tudo à mãe e as três dirigiram-se a uma esquadra para apresentar queixa.
"Ela [mãe] não iria só acreditar em palavras, ela era muito apaixonada por ele [padrasto]. Quando ela viu o vídeo, ficou paralisada", disse a irmã da vítima, citada pelo G1.
Após a denúncia, e depois de ser confrontado pela família, o homem, que foi expulso de casa, chegou a confessar o crime à mulher.
"Minha mãe conversou com ele, chorando. Ele confessou para ela, e falou que era tudo culpa do diabo (…) Disse que se arrepende, que espera que a família perdoe ele. Disse que, à noite, algo puxava ele e falava para ele fazer, que era mais forte que ele, que estava possuído. Ele disse que sabe que estragou uma vida, mas falou tentando comover minha mãe", contou.
O caso está a ser investigado e a adolescente foi alvo de vários exames, contudo os resultados ainda não são conhecidos.
De acordo com o G1, a Polícia Civil solicitou a prisão preventiva do suspeito, mas o juiz decidiu apenas que o homem não se pode aproximar da vítima.