Os dados estão lançados no Porto, depois de, finalmente, termos ficado a saber quem são os principais candidatos à Câmara nas próximas autárquicas.
Rui Moreira apresentou na quinta-feira a sua candidatura sob o lema «Aqui há Porto». O Pavilhão Rosa Mota encheu-se para ouvir o presidente recandidato que, caso vença, fará o terceiro e último mandato como Presidente da autarquia.
O seu discurso de candidatura pautou-se pelo já habitual bairrismo, deixando vincada uma diferença entre os «portuenses» e aqueles do «Terreiro do Paço». A sala ouviu-o ainda a enaltecer as suas «contas à moda do porto», que permitiram que terminasse o seu mandato com zero de dívida. Disse ainda ter vontade de sair à rua – o que, considerando a questão pandémica, é um statement – e que espera vencer para poder terminar os projetos municipais que a pandemia veio adiar.
Após trocas e baldrocas, também o PS_anunciou o seu candidato definitivo: Tiago Barbosa Ribeiro, o presidente da concelhia socialista no Porto. Definitivo, porque o anterior nomeado, o secretário de Estado Eduardo Pinheiro, desistiu da candidatura em menos de 48 horas, tamanha a confusão interna que gerou aquele que foi o primeiro nome aprovado pelo secretário-geral do PS e primeiro-ministro, António Costa. Ainda assim, a escolha de Tiago Barbosa Ribeiro não sarou todas as feridas abertas nas estruturas do partido – sendo que não falta quem preveja um resultado eleitoral próximo do desastroso.
Finalmente, no PSD, Vladimiro Feliz foi o escolhido de Rui Rio para desafiar o seu sucessor na Câmara do Porto, a quem deu a mão na primeira candidatura mas contra o qual assesta agora todas as baterias, considerando-o em conluio com os socialistas. Para Rio, prova desse conluio entre Moreira e o PS foi o processo que culminou com a escolha de Barbosa Ribeiro como candidato.