António Costa foi hoje a Caminha encerrar o primeiro dia das jornadas parlamentares do Partido Socialista na condição de secretário-geral do partido. No seu discurso, vários ângulos: desde uma mensagem de força e esperança aos portugueses, passando por uma exaltação ao Plano de Execução e Resiliência (PRR), terminando na recordação da “má gestão da Direita”.
Apesar de “admitir” a dureza que tem sido a gestão do país no contexto pandémico, o primeiro-ministro apelou a “ânimo redobrado” e a “força triplicada”. António Costa sabia que, apesar de estar perante os 108 deputados presentes em Caminha, falava para o país todo, deixando-lhe por isso uma mensagem de esperança: “tem sido duro, tem, mas é um combate e uma dureza que não nos tiram força, não nos tiram ânimo”.
Referindo-se ao PRR, explica “não ter caído do céu” mas sim “da vontade comum dos europeus” e da “luta de muitos”. Demonstra-se, ainda, bastante confiante quanto a este: “Vamos ser os melhores a executar o PRR, vamos salvar as nossas empresas, vamos criar mais e melhores empregos”. Nota, ainda assim, não haver “razão para lançar foguetes” devido ao facto de haver “mais 86 mil pessoas no desemprego do que início da crise”, salvaguardado, porém, que sem as medidas do governo este número “seria o dobro”. Aproveita o calor do dia e faz questão de comparar a sua gestão da crise à da Direita, dizendo que sem estas medidas “estaríamos a caminho dos 18% a que a direita nos levou na última crise”.
As jornadas parlamentares marcaram-se ainda por um discurso de José Luís Carneiro que troça a alegada falta da orientação da Direita, explicando que esta procura um “D. Sebastião”, contudo não sabe se este virá de “Bruxelas ou de Massamá”, no que foi uma referência a Paulo Rangel e a Pedro Passos Coelho, respetivamente.