O passado mês de julho foi classificado como “frio e seco” em Portugal continental e teve uma temperatura média de 21,54ºC, segundo o boletim climático do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), divulgado esta terça-feira.
“O valor médio da temperatura média do ar, 21.54°C, foi -0.63 °C inferior ao valor normal 1971-2000, sendo o 5º valor mais baixo desde 2000 (mais baixo em 2018: 21.15 °C)”, lê-se.
Já o valor médio de temperatura mínima foi de 14,59ºC – o 3º mais baixo desde 2000, com uma anomalia de -1.03 °C. O valor mais baixo registou-se em 2009, com 14,38ºC.
O valor médio de temperatura máxima foi de 28,49.ºC, sendo “inferior ao valor normal com uma anomalia de -0.23°C.”
No que diz respeito à precipitação, o valor médio da quantidade foi de 30.8 mm, “muito próximo do valor normal 1971-2000, correspondendo a 95 %”. “Durante o mês verificou-se a ocorrência de precipitação entre os dias 11 e 21 nas regiões do Norte e Centro e entre 17 e 20 na região Sul”, acrescenta o boletim.
Julho terminou com 58% do território em situação de seca meteorológica. Os distritos de Portalegre, Santarém, Castelo Branco e Bragança verificaram “um aumento da área em seca fraca”, enquanto grande “parte do Baixo Alentejo e Barlavento Algarvio estão na classe de seca moderada” e “a zona de Alvalade do Sado e o sotavento Algarvio estão na classe de seca severa”.
Na Europa, julho “foi mais quente do que a média na maior parte das regiões do norte e leste da Europa, com temperaturas muito acima do valor normal”. A capital finlandesa, Helsínquia, registou o segundo julho mais quente desde 1961.
“Também na Islândia e em partes do leste da Gronelândia as temperaturas estiveram muito acima da média. Ocorreram ondas de calor desde o Báltico até ao Mediterrâneo oriental; no sudeste da Europa no final do mês verificaram-se ondas de calor muito severas.”, sublinha o IPMA.
No entanto, julho “foi um pouco mais frio do que a média numa faixa que se estendia de Portugal até à Alemanha e em partes do noroeste da Rússia”.