A mulher de 24 anos que, em janeiro de 2020, asfixiou as filhas gémeas recém-nascidas e escondeu os corpos num carro, foi, esta quinta-feira, condenada a 13 anos de prisão pelos crimes de homicídio simples e profanação de cadáver, revela o Jornal de Notícias.
"Eram duas vidas humanas tão importantes como a sua (…) A vida humana é inviolável", disse o juiz do coletivo do Tribunal da Feira.
De sublinhar que a arguida tinha afirmado em tribunal que escondeu a gravidez para não ter de lidar com a “pressão” de familiares, algo com o qual já tinha sofrido numa gestação anterior. A mulher defendeu ainda que não matou as bebés e explicou que o parto ocorreu numa casa de banho. “Sentei-me na sanita com as duas bebés encostadas a mim, contra o meu peito, até que pararam de respirar. Deixei de as ouvir chorar", declarou.
"Fui buscar um saco à dispensa e peguei em mais toalhas e meti-as dentro do saco. Penso que estavam mortas", acrescentou.
A mulher deixou as bebés dentro de um saco plástico no carro, “com o propósito de posteriormente as levar para outro local e se desfazer dos seus corpos, o que não veio a acontecer em virtude de terem sido encontradas por um terceiro que alertou as autoridades”, lia-se na acusação do Ministério Público.
Os corpos acabaram por ser encontrados pelo pai da arguida, que chamou a PSP por indicação de um amigo.