O Chega vai reunir-se num congresso que irá decorrer entre 26 e 28 de novembro, anunciou André Ventura, que vai avançar com a recandidatura à liderança do partido na segunda-feira.
Devido à decisão do Tribunal Constitucional (TC), que considerou, na semana passada, que as alterações nos estatutos do partido no congresso de Évora, em setembro de 2020, eram ilegais, André Ventura precisa novamente de reunir o Chega para corrigir e legalizar o partido.
Por isso, o líder marcou o congresso para o último fim de semana de novembro no distrito de Viseu, três semanas após as eleições diretas, no dia 6, que agendou para a presidência do partido, à qual Ventura se recandidatará.
Ao reagir à decisão do TC, André Ventura demitiu-se enquanto líder do Chega para convocar de imediato novas eleições para a presidência do partido, e ainda afirmou que iria convocar um congresso extraordinário para se evitarem “imbróglios jurídicos”.
De acordo com o TC, "nem a deliberação da Direção Nacional respeitante à realização de tal convenção", "nem a convocatória", "contêm qualquer indicação de que, na reunião em causa da Convenção Nacional iriam ser discutidas e votadas propostas de alterações aos estatutos em vigor", não os podendo por isso registar.
Em Évora, foram aprovadas cinco moções de alteração estatutária, tendo sido criados novos órgãos, que são agora ilegais como: Juventude do Chega, Comissão de Ética – responsável pela imposição da chamada 'lei da rolha' e suspensão temporária de militantes do partido – e cargos de secretário-geral e de secretário-geral adjunto – encarregados de representar o presidente do partido "junto das estruturas regionais, distritais e locais do partido, bem como assumir a gestão corrente do mesmo nos seus diversos aspetos administrativo, jurídico, financeiro e institucional".