Homem de 25 anos, de descendência somali, acusado da morte de deputado britânico

O procurador James Cable disse ao tribunal de Londres que Ali Harbi Ali, filho de um ex-assessor de comunicação de um antigo primeiro-ministro da Somália, é um “apoiante do Estado Islâmico” que planeou a morte de um deputado do Parlamento britânico durante anos.

Ali Harbi Ali, um cidadão britânico de descendência somali, de 25 anos, foi esta quinta-feira formalmente acusado da morte do deputado David Amess, do Partido Conservador.

Recorde-se que Amess, deputado do Parlamento britânico desde 1983, morreu na sexta-feira, após ser esfaqueado “várias vezes” durante um encontro de eleitores em Leigh-on-Sea, em Essex.

"Apresentaremos ao tribunal provas de que este assassínio tem uma conexão terrorista, ou seja, que teve motivações religiosas e ideológicas", disse Nick Price, do Crown Prosecution Service, citado pela BBC. "[O suspeito] também foi acusado de preparar atos terroristas".

A estação britânica revela ainda que Ali compareceu, esta quinta-feira, no Tribunal de Magistrados de Westminster, onde falou apenas para confirmar o seu nome, idade e morada.

O procurador James Cable disse ainda em tribunal que Ali, filho de um ex-assessor de comunicação de um antigo primeiro-ministro da Somália, é um “apoiante do Estado Islâmico” que planeou a morte de um deputado do Parlamento britânico durante anos.

“Ali considerava-se um afiliado do Estado Islâmico”, sublinhou.

O suspeito irá continuar detido e será presente na sexta-feira a um juiz do Tribunal Central Criminal.

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