Este domingo, o português Miguel Oliveira (KTM) não conseguiu terminar o Grande Prémio da Emilia Romagna de MotoGP, após ter sido vítima de uma queda a quatro voltas do final, numa corrida que valeu ao francês Fabio Quartararo (Yamaha) o título de campeão mundial.
O piloto de Almada da KTM, que partiu do 5.º lugar da grelha (a sua segunda melhor qualificação da temporada), começou com um grande arranque saltando depois para o 2.º lugar. Contudo, logo de seguida, foi ultrapassado por Jack Miller, ainda no primeiro setor, caindo para terceiro. Foi então a vez de Marc Márquez passar o português, seguindo-se Pol Espargaró (o que resultou na queda de Miguel Oliveira para o 5.º lugar). Após a queda de Miller, Oliveira voltou à quarta posição.
O piloto português seguia então para o pódio, atrás de Espargaró, mas ia vendo o espanhol distanciar-se no 3.º posto. Na frente, seguiam Marc Marquéz (2.º) e Bagnaia (1.º).
Tudo corrida normalmente para o piloto do KTM, até ao momento em que Bagnaia (outro candidato ao título mundial) caiu, a cinco voltas do fim. Ao mesmo tempo, caiu Oliveira. Foram precisamente essas quedas que deixaram o espaço necessário a Quartararo, que terminou em 4.º lugar – posição suficiente para lhe dar o seu primeiro título de campeão do mundo de Moto GP. A corrida foi, então, vencida por Marc Marquéz, com Pol Espargaró em segundo e Enea Bastianini a fechar o pódio.
“Estou triste por não ter terminado esta corrida, com as possibilidades que tínhamos de terminar no ‘top 5’, ou mesmo no pódio. Mas fiquei contente com a minha corrida”, disse o piloto português, acrescentando que “no final ficava difícil controlar a mota nalguns pontos e a queda aconteceu por isso mesmo. Mas saímos daqui contentes e de cabeça erguida para Portimão”. Por sua vez, Fabio Quartararo teve dificuldade em encontrar palavras para expressar os seus sentimentos após a corrida da consagração : “Não tenho palavras. Sou campeão do mundo! Este título é fruto do esforço de toda a equipa, estou muito orgulhoso. O que sei é que sou campeão mundial. A minha família está aqui comigo, não poderia estar mais feliz. Tivemos um ano incrível. Ainda existem duas corridas em que podemos fazer grandes coisas. Mas o mais importante está aí, é este título. Ao cruzar a linha, perdi o controle. Ver essa comemoração, este capacete, receber o apoio dos adeptos italianos, foi mágico! Nunca fui líder de um campeonato de Moto3 e Moto2 e sou o campeão mundial de MotoGP. É o meu maior sonho!”, declarou o atual campeão do mundo em MotoGP.
Agora é tempo de Oliveira pensar no Grande Prémio do Algarve, que decorrerá dentro de duas semanas e onde deseja “regressar aos lugares cimeiros, depois de ter sentido alguns problemas nos últimos dois meses, após a fratura sofrida no pulso direito”.