Catarina Martins disse, este sábado, uma maioria absoluta do PS seria “um perigo para a vida dos trabalhadores”.
“O que o PS nos propõe não é estabilidade, pelo contrário, o que o PS tem vindo a propor nos últimos dias é um poder absoluto que seria a ameaça das novas ofensivas dos donos de Portugal. O poder absoluto, sabemos, é a incerteza absoluta do povo", disse a coordenadora do Bloco de Esquerda, durante um discurso num comício em Lisboa.
Para a bloquista, “o Governo pode chamar-lhe estabilidade”, mas “é insegurança na vida das pessoas, é um perigo para a vida dos trabalhadores”.
“Estabilidade é contas certas, sim senhora, mas as que contam na vida das pessoas”, acrescentou ainda Catarina Martins, que recusou “o poder absoluto do PS”, bem como “o poder absolutíssimo desse bloco central sorrateiro que bloqueia Portugal”.
“O jogo político do poder absoluto diz tudo sobre a ambição de repetir Cavaco Silva ou José Sócrates”, criticou.
A líder do BE aproveitou o seu discurso para recuar a 2015, ano em que António Costa assumiu o cargo de primeiro-ministro e ano em que foi criada a ‘geringonça’, para dizer que, nessa altura, se o PS tivesse conseguido a maioria absoluta “teria cumprido todas as ameaças que tinha feito em 2015, a começar pelo congelamento das pensões”.
“O compromisso da esquerda é outro e enfrenta as manobras do poder absoluto, o nosso compromisso é com o povo e não temos duas palavras”, rematou.