Rui Rio afirmou esta sexta-feira que o Serviço Nacional de Saúde (SNS), está "à beira do caos", acusando ainda o Governo de falhar no período de pandemia e pediu uma mudança rápida dos "principais protagonistas" do executivo.
O presidente do PSD considera que "em matéria de Saúde, o Governo do PS, que agora cessa funções, falhou. Não só não cumpriu o que prometeu, como ainda deixou degradar a situação que herdou”. As declarações foram preferidas no encerramento da interpelação do PSD ao Governo sobre saúde, acusando ainda o executivo de ter “prejudicado gravemente muitos portugueses”.
Por estas razões, defendeu, “impõe-se que Portugal mude rapidamente, não só a sua política de saúde, como também os seus principais protagonistas”.
“Impõe-se, para defesa da saúde dos portugueses e, fundamentalmente, para um cabal cumprimento dos seus direitos constitucionais”, rematou.
Marta Temido respondeu, entretanto a estas acusações, afirmando que, contrariamente aquilo que aconteceu entre 2014 e 2015, altura em que se perderam 8.500 funcionários, há atualmente mais e 148 mil trabalhadores no SNS.
"O SNS tem mais 148 mil trabalhadores, mais 24% do que em 2015, entre mais 4 mil médicos e mais 11 mil enfermeiros ao contrário do que aconteceu entre dezembro de 2014 e novembro de 2015 em que o SNS perdeu 8.500 trabalhadores, é essa a reforma! Por outro lado, estes 148 mil trabalhadores já não têm reduções de salários das majorações por horário de trabalho e horas incómodas, têm maioritariamente um período de trabalho normal de 35 horas e têm perspetivas de progressão nas carreiras", sublinhou a ministra na reunião plenária que decorre na Assembleia da República.
“Sabemos bem que as carreiras são o garante dos cuidados prestados”, disse Temido, acrescentando que, por isso mesmo, foram feitas reformas e melhorias nesse sentido.
A ministra conclui a resposta às acusações do PSD, assumindo que "sim, ainda há muito por fazer", mas que, tendo em conta a pandemia, está a ser feito um bom trabalho.