O presidente do PSD, Rui Rio, criticou, este sábado, a escolha da ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, como substituta de Eduardo Cabrita na Administração Interna. O líder da oposição afirmou ainda não ter dúvidas de que a demissão do ministro foi uma tática eleitoral.
“Neste dois meses que faltam [para as eleições] a lógica é que não é para fazer nada e, não sendo para fazer nada, olhando para aquilo que foi a atuação da ministra da Justiça no ministério, acho que está bem escolhido – como ela não fez nada, nada vai fazer na Administração Interna”, considerou, à margem da sessão de encerramento do 9.º Congresso Nacional dos Autarcas Social-Democratas, em Barcelos.
Sobre a demissão de Eduardo Cabrita, anunciada ontem após ser conhecido que o seu motorista foi acusado de homicídio por negligência pela morte de um trabalhador na A6, Rui Rio diz que o ministro “já deveria ter saído”.
“Já houve, ao longo do trajeto, muitas razões para o ministro Eduardo Cabrita sair do Governo. Nunca saiu por razões daquilo que era a gestão dos problemas que teve; acabou por sair agora não por isso, mas para não prejudicar eleitoralmente o Partido Socialista, uma vez que estamos a menos de dois meses das eleições e, portanto, para mim é notório que o ministro já deveria ter saído”, sublinhou.
Na ótica de Rui Rio, o primeiro-ministro, António Costa, sempre se “corresponsabilizou por todos os erros que foram acontecendo”. “Agora, lá combinaram entre os dois que era melhor sair, porque, senão, era um desgaste muito grande para o Governo”, rematou.
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