“Justiça será feita com rapidez”, reage Marcelo ao caso dos sete militares que torturaram imigrantes em Odemira

O chefe de Estado realçou que os “crimes ou infrações cometidos por elementos de uma força não podem ser confundidos com a missão, a dedicação e a competência da generalidade dos seus membros”.

O Presidente da República reagiu, esta sexta-feira, às imagens reveladas sobre o caso de sete militares da Guarda Nacional Republicana (GNR) que agrediram e humilharam imigrantes em Odemira. O chefe de Estado pediu "respeito pelos imigrantes" e acredita que a "Justiça será feira com rapidez". 

"O Presidente da República confia que Justiça será feita, com rapidez, em relação às acusações de inaceitáveis violações de liberdades, direitos e garantias, lembrando, por um lado, que as forças e serviços de segurança, e o Estado em geral, são particularmente responsáveis pelo seu respeito e cumprimento", sublinho Marcelo Rebelo de Sousa numa nota publicada no site da Presidência. 

Ainda assim, o chefe de Estado realçou que os "crimes ou infrações cometidos por elementos de uma força não podem ser confundidos com a missão, a dedicação e a competência da generalidade dos seus membros".

Fazendo referência ao Dia Internacional das Migrações, que se comemora amanhã, o "Presidente da República sublinha que tais garantias e respeito pelos direitos fundamentais são devidos a todos, sejam ou não cidadãos nacionais", apontou a mesma nota. 

Para Marcelo, que se considerou "como Nação de emigração", Portugal tem a "particular responsabilidade" na qualidade do acolhimento dos imigrantes "contribuindo para o desenvolvimento e bem-estar" do país.

O caso de violência foi exposto ontem através de uma reportagem da TVI/CNN Portugal, onde mostra sete militares da GNR a filmarem-se a agredir e a humilhar imigrantes em Odemira. Estão acusados de 33 crimes de maus-tratos, segundo avançaram aqueles órgãos de comunicação social. 

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