Marcelo elogia recuperação da economia, mas diz que esta ainda está longe de cumprir sonho de 2019

Para o chefe de Estado, Portugal está perto de superar os estragos provocados pela pandemia, mas continua longe da meta que fora sonhada em 2019. 

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou, esta terça-feira, que Portugal está quase a superar os efeitos sofridos pela pandemia de covid-19, visto que recuperou a nível das exportações, reduziu a taxa de desemprego e está a controlar o défice. No entanto, aponta que este crescimento está longe daquele que foi sonhado em 2019. 

Estas afirmações foram tecidas numa cerimónia de apresentação de cumprimentos de ano novo pelo corpo diplomático acreditado em Portugal, no Palácio de Queluz, tendo Marcelo considerado o evento um "bem hoje mais raro na política doméstica e na política global".

Marcelo já não se reunia com os diplomatas estrangeiros desde o início de 2020 devido ao novo coronavírus. Nestes "dois anos de pandemia", indicou o chefe de Estado, o corpo diplomático testemunhou em Portugal "uma crise económica abrupta com reflexos imediatos no agravamento da pobreza e das desigualdades", mas também "a coragem dos portugueses, um dos povos mais disciplinados" no combate à covid-19.

"Puderam, finalmente, certificar a resistência do nosso tecido empresarial, recuperando nas exportações, superando em 2021 o investimento de 2019, mostrando baixas taxas de desemprego, começando a controlar rapidamente o défice, aumentando sempre que possível o turismo", vincou o chefe de Estado. 

O Presidente da República terminou a sua curta intervenção ao declarar que o país está cada vez "mais perto da superação da pandemia, mas longe do que sonhávamos em 2019 poder ser o nosso crescimento, a nossa correção de injustiças, o nosso acertar o passo na Europa e afirmar com mais força a nossa presença no mundo".