O Ministério Público arquivou o inquérito à morte da criança de seis anos no Hospital de Santa Maria a 16 de janeiro, notificada como suspeita de reação adversa à vacina. «Na sequência do óbito foi realizada a autópsia médico-legal, a qual concluiu que a morte não foi devida à referida vacinação», reitera o MP, indicando que o inquérito é fechado por não haver suspeita de crime. A causa de morte não foi revelada.
O Infarmed não indicou ainda se já foi concluída igualmente a análise da notificação com uma suspeita de miocardite, o que não se confirmou, apurou o Nascer do SOL. Segundo o Infarmed, foram reportadas 25 reações graves após as primeiras doses administradas a cerca de 305 mil crianças, entre os quais duas miocardites, com evolução para cura, o que não inclui assim este caso.
O Nascer do SOL confirmou no entanto que a morte foi incluída no balanço de 126 óbitos notificados após a vacina ao regulador, numa mediana de 77 anos de idade, sem nexo de causalidade apurado. Esta sexta-feira, uma nova carta aberta assinada agora por 91 médicos voltou a defender a suspensão da vacinação de crianças saudáveis, que é retomada este fim de semana. Se entre os médicos se mantém a divergência, com argumentos contra e a favor, os reguladores internacionais EMA e FDA garantem a segurança da vacina neste grupo etário. Na União Europeia, a maioria dos países está a vacinar crianças saudáveis dos 5 aos 11. Três países recomendam a vacina apenas a crianças com fatores de risco: Finlândia, Alemanha e Suécia.