Para a ministra do Trabalho e da Segurança Social, a recuperação económica, depois da pandemia, deve focar-se na mobilização de recursos para um período de “forte crescimento” na União Europeia. “A recuperação económica deve estar focada na mobilização dos recursos para uma nova década de forte crescimento económico na Europa, mais resiliente, sustentável e inclusivo. Devemos abraçar a mudança e colocar a inovação no centro de todas as nossas políticas públicas”, disse Ana Mendes Godinho, na conferência ‘The Economist – The World Ahead 2022 Athens Gala Dinner’ ,em Atenas, no painel sobre a recuperação económica da Europa pós-pandemia.
A ministra do Trabalho considerou que a pandemia trouxe uma “legitimidade social” para “mudar o que tem de ser mudado”, defendendo que a inovação deve estar no centro de todas as políticas públicas. Todos aprendemos muitas lições durante a pandemia, de forma muito intensa e angustiante, sob pressão”, referiu a governante. No entanto, deixou um alerta: a pandemia mostrou que “há muitas coisas que têm de ser mudadas” e considerou que esta é “uma oportunidade única” para “mudar o que tem de ser mudado e para acelerar o que tem de ser acelerado”.
Estas garantias surgem, no mesmo dia, em que o ministério revelou que a Segurança Social vai pagar a 81 mil empresas, na próxima segunda-feira, 5,7 milhões de euros de apoios à família relativos à primeira semana de janeiro, quando as escolas fecharam devido à pandemia.
Segundo os dados avançados, na semana passada, a Segurança Social recebeu 81 mil pedidos de apoio excecional à família relativos à semana de 02 a 09 de janeiro.
De acordo com o gabinete da ministra Ana Mendes Godinho, os números estão próximos dos máximos registados no confinamento geral que ocorreu no início de 2021.
O número verificado na primeira semana do ano é também mais do dobro do registado na última semana de dezembro de 2021, quando as creches e as atividades de tempos livres (ATL) encerraram. Nessa altura foram processados cerca de 40 mil apoios.