O eurodeputado Nuno Melo apresentou este sábado a sua candidatura oficial à liderança do partido. No seu discurso, começa por dizer que recusa "deitar a toalha ao chão" e que o faz "sem medo e com muita motivação".
"Hoje não começa a última batalha de um CDS perdido. Hoje começa a primeira batalha para um CDS renascido", disse Nuno Melo, reiterando que nunca sentiu tanto como hoje "a obrigação de dar o peito às balas" pelo partido. "Valemos pouco se não dermos o melhor de nós quando tudo é mais difícil", considerou.
O centrista afirma que não se resigna pelo facto de o CDS não estar representado na Assembleia da República e que tem "mesmo a certeza que depois das eleições legislativas, a maioria dos portugueses percebeu a perda inestimável que isso significa".
“Tenho a certeza que quem, votando normalmente no CDS e não o fez em janeiro por motivos que foram manifestamente conjunturais, nunca quis o CDS fora do Parlamento”, realçou o eurodeputado.
Nuno Melo pede aos militantes do partido para estarem "atentos aos sinais" e criticou a IL e o Chega.
"O CDS não faz do mercado o centro dogmático da sua existência. O CDS defende uma economia de mercado saudável, foi sempre assim, com regras, que é completamente diferente do capitalismo selvagem. (…) Mas para o CDS as pessoas estiveram sempre em primeiro lugar”, disse o eurodeputado.
"Se a Iniciativa Liberal se quer sentar, mesmo que não consiga, entre o PS e o PSD, também percebemos um Chega que na verdade se quer sentar à direita do próprio regime (…). Há todo esse espaço político entre o PSD e o Chega que não está representado na Assembleia da República. Esse espaço é nosso e temos de lá voltar", referiu ainda.
Por fim, Nuno Melo reiterou que o CDS não acabou e que "faz falta a Portugal", admitindo que "pelo caminho" o partido terá muito trabalho mas que trabalho "é coisa que nunca meteu medo.